AS QUATRO NOITES DA SALVAÇÃO (Sinopse)

Muitos de nós temos o hábito da leitura.   Vezes por outra lemos algo que nos alimenta, complementa e sentimos um crescimento interior.  O mais importante é não guardarmos somente para nós esta riqueza, mas compartilhar com quem pudermos no desejo de que também possam ter a mesma experiência.  É com este intuito que periodicamente publicaremos indicação de livros que possam inspirar.  

Se você também quiser indicar algum livro, nos enviei o titulo e sinopse do mesmo que publicaremos com prazer.    Iniciamos com o Livro AS QUATRO NOITES DA SALVAÇÃO, que remente ao tempo pascal, mais especificamente ao Sábado de Aleluia.   

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Livro: As Quatro Noites da Salvação. São Paulo: Paulinas, 2009.

Autor: Bruno Forte, bispo católico italiano e teólogo. Ordenado em 1973 e, em 2004, ocorre sua ordenação episcopal, com Papa João Paulo II nomeando-o Arcebispo de Chieti-Vasto. Em 2005 foi eleito Presidente da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, do Anúncio e da Catequese da Conferência Episcopal Italiana.

Sinopse: Neste pequeno livro de 69 páginas Bruno Forte traz o panorama da celebração da noite de Páscoa nas perspectivas cristã e hebraica. As reflexões auxiliam na preparação intensa e cuidadosa para a Vigília Pascal, segundo a ordem das “quatro noites” mencionadas tanto no banquete pascal hebraico quanto na liturgia cristã da noite de Pascoa.

Na tradição hebraica a noite de Páscoa (Pessach) é a grande noite da salvação. A fé de Israel funda-se no Êxodo, onde Deus escolhe o seu povo, liberta-o de escravidão e o conduz para a liberdade. Ao viver a experiência desta noite, Israel se prepara para a vinda do Messias quando ocorrerá a manifestação plena da glória de Deus e a libertação definitiva da humanidade. Os filhos de Israel sentam-se em família em torno de uma mesa ornamentada com os sinais da redenção, comem ervas amargas (maror) e o pão da aflição (pão ázimo ou matzá) e bebem o vinho nas taças da salvação.

Na tradição cristã a noite de Páscoa é o memorial da morte e ressureição de Cristo, início de cada vida que a Ele se abre, quando então a liturgia pascal canta: “Esta é a noite que liberta das trevas do pecado e da corrupção do mundo aqueles que hoje por toda a terra crêem em Cristo…”. Os cristãos celebram a Páscoa à volta da mesa do Cordeiro, comem do pão da vida e bebem do cálice da salvação, alimentados com o Corpo e Sangue do Redentor.

Um modo precioso de viver a Páscoa é fazer memória da salvação segundo a ordem das quatro noites mencionadas tanto no banquete pascal hebraico quanto na liturgia cristão da noite da Páscoa, num diálogo de pai e filho a partir da pergunta feita quanto se senta à mesa no Pessach: “Porque é que esta noite é diferente das outras noites?”. Eis então que se apresentam os quatro primeiros textos lidos na noite da salvação:

1ª noite Noite da Criação ou do Amor Humilde: quando Deus se manifesta na criação do mundo, tirando o mundo deserto e vazio das trevas que se estendiam na superfície: (Gn 1,1 – 2,2). “À humildade do Deus criador deve corresponder o silêncio humilde do homem, a escuta hospitaleira aberta a receber o dom que vem do alto e que faz da escuridão do nosso coração o espaço da luz.” (Forte, p. 16)

2ª noite – A Noite de Abraão ou da Fé: Deus se manifesta a Abraão e pede o sacrifício de Isaac : (Gn 22, 1-2.9ª-10-13.15-18). “Cada um de nós tem um Isaac no coração.” (Forte, p.25)

3ª noite – Noite do Êxodo ou da Esperança Libertadora: Deus se manifesta contra os egípcios e protege os primogênitos de Israel: (Êxodo: 14,1 – 15,1). “…passagem do Mar Vermelho…Impõem-se uma opção: confiar em Deus ou calcular segundo as possibilidades mundanas…” (Forte, p. 41)

4ª noite – Noite do Messias ou do Amor Crucificado: quando o mundo chegar ao seu fim para ser redimido. É a noite de Páscoa em nome do Senhor, noite preparada para a redenção de todos os filhos de Israel, em cada uma das suas gerações: (Is 54,5-14). “…noite das três vezes, que também são os tempos de adeus: noite da traição, noite da entrega, noite do abandono”. (Forte, p. 52)

Como quatro etapas, elas marcam o caminho que tende a faze cada vez mais de nós, em muitos aspectos filhos da noite, os filhos da luz redimidos pelo Amor.

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